Incêndio investiga a sobreposição de uma linguagem plural e um corpo que se revela sem sentido. A peça explora a significação em diferentes níveis (verbal, sonoro e imagético) e a paralela presença do corpo expondo-se tão material quanto pode ser.
Este é um modo de buscar a representação/experiência da morte, onde morte é entendida como a expressão limite da vida. Então, quando a vida se torna o paradoxo de um sentido poético intenso e absolutamente nenhum sentido, somente ela mesma em sua condição material, uma coisa, aí se teria a vida em seu mais alto nível, o impossível, o único modo pelo qual a morte pode ser sentida por nós.
Claro, o impossível permanece impossível. Então, o que realmente Incêndio trata é a busca: a busca da atriz e a busca do público por experenciar isso. É por esta razão que este trabalho tem sido apresentando como um work in process: não só porque nunca está pronto, mas também porque a artista tem que criar estratégias para convidar o público a explorar com ela esta busca que se renova no decorrer do processo de cada apresentação.
Agora, no entanto, é tempo de processar o processo de novo. É tempo de renovar a preparação. É tempo de re-preparar o que está sempre perdido em seu agora.
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Now, it is process again
Conflagration investigates the superposition of a plural language and a body that reveals itself as nosense. The play explore meaning in different levels (verb, sound and image) and the parallel presence of the body showing itself as material as it can be.
This is a way to seek a death representation/experience, here death is understood as the limit expression of life. So when life becomes the paradox of an intense poetic meaning and no meaning at all, only itself in its material condition, a thing, then we would have life in its greatest level, the impossible, as death can only be felt by us.
Of course, the impossible remains impossible. So, what actually Conflagration is about is the search: the search of the performer, and the search of the audience to experience this. That’s why this work has been presented as a work in process: not only because it is never done, but also because the artist has to create strategies to invite the audience to explore with her the search that renews itself during the process of each presentation.
Now, however, it’s time to process the process again. It’s time to renew the preparation. It’s time to re-prepare what is always lost in its now.
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