As Cidades Invisíveis traça uma narrativa que beira a linguagem dos sonhos, com imagens misteriosas, enigmáticas, e faz uma analogia entre as “cidades” e as atrizes que formam o elenco do trabalho. Inspirada na personalidade de cada uma delas, a peça é uma trajetória por suas histórias autobiográficas.
O processo teve como ponto de partida o livro homônimo de Ítalo Calvino e caminhadas por ruas do centro histórico de Curitiba, cidade que também tem aspectos presentes na dramaturgia. A noção de “território” como identidade e de “corpo” como território delineia um discurso que transita entre as ideias de vida e morte, viagem e morada, convite e expulsão, invasão e acolhimento. Agora, o trabalho assume, em seu percurso narrativo, também sua própria trajetória de remoção do espaço da SANEPAR (de onde foi retirado em cima da hora de sua estreia), dando foco ainda às diversas nuances das subjetividades das artistas que o compõem.
Adotando o onirismo como linguagem, o roteiro desenvolve uma linha narrativa singular, diferente de montagens tradicionais. Em cena vemos relatos autobiográficos e algumas digressões que carregam nuances de comicidade, crítica, ironia e também composições dramatúrgicas e visuais que podem sensibilizar o espectador em outros níveis. Quem aceitar o convite para visitar As Cidades Invisíveis conhecerá o resultado de um processo de criação intenso que toca diferentes áreas do conhecimento, como a filosofia, a psicologia, a espiritualidade, a arquitetura, a medicina holística e, claro, a arte.
Diante de tempos tão inflamados, com ideais tão díspares entre as pessoas, como conviver com as diferenças em um mesmo espaço, casa, cidade, estado, país?
Falar de cidades de forma poética – inspirados pelo modo como Calvino o faz – é uma maneira de colocar em perspectiva e de sensibilizar para o quanto viver em sociedade significa troca entre indivíduos complexos e repletos de subjetividades. As Cidades Invisíveis chama o espectador para atos de reflexão a partir de suas memórias, a fim de que perceba a complexidade das “cidades” que crescem dentro de cada um.
Projeto realizado com o apoio do Programa de Apoio e Incentivo à Cultura – Fundação Cultural de Curitiba e da Prefeitura Municipal de Curitiba.
Incentivo: Divesa e Banco do Brasil.
Apoio: Movimento Enxame – Espaço de Criação, Padaria América, Missê Mariá Comida e Arte, A Caiçara e Café do Teatro.
Ficha técnica:
Inspirada na obra de Ítalo Calvino
Uma realização do Agora Coletivo em parceria com a Híbrido Produções e Plateia Produções Artísticas.
Roteiro e direção: Renato Sbardelotto| Intérpretes-criadoras: Ana Ferreira, Fabiane de Cezaro, Flávia Imirene e Vivian Schmitz| Textos: Ana Ferreira, Fabiane de Cezaro, Flávia Imirene, Vivian Schmitz e Renato Sbardelotto| Interlocução e amadrinhamento: Lía Mariana Gómez Spatakis| Direção musical e preparação vocal: Karla Izidro| Preparação Corporal: Renato Sbardelotto| Figurino: Ailime Huckembeck| Iluminação: Lucas Mattana| Cenário: Renato Sbardelotto| Estandartes: Manu Assini |Maquiagem: Lilian Marchiori | Ilustração e Design Gráfico: Daniel Lourenço| Fotos: Eli Firmeza| Assessoria de Comunicação e Imprensa: Fernando de Proença| Direção de Produção: Renato Sbardelotto| Produção Executiva: Michele Bittencourt| Assistência de Produção: Jhon Booz
(Clique nas fotos para ampliar e ver créditos)
Teaser
___
The Invisible Cities
The Invisible Cities traces a narrative that borders the language of dreams. With mysterious, enigmatic images, it makes an analogy between the “cities” and the actresses of the work’s cast. Inspired by the personality of each of them, the play is a journey through their autobiographical stories.
The process had as its starting point Italo Calvino’s book of the same name, as well as walks through the streets of the historical center of Curitiba, a city that also has aspects present in the text. The notion of “territory” as identity and “body” as territory delineates a discourse that oscillates between ideas of life and death, travel and lodging, invitation and expulsion, invasion and acceptance. Now, the work takes on, in its narrative course, also its own trajectory of removal from the space of SANEPAR (from where it was withdrawn at the time of its debut), giving still focus to the various nuances of the subjectivities of the artists that compose it.
Adopting a dreamlike language, the script develops a singular narrative line, different from traditional works. In the scene we see autobiographical accounts and some digressions that carry nuances of comedy, criticism, irony and also dramatic and visual compositions that can sensitize the spectator in other levels. Those who accept the invitation to visit The Invisible Cities will know the result of a process of intense creation that touches different areas of knowledge, such as philosophy, psychology, spirituality, architecture, holistic medicine and, of course, art.
In the face of times so inflamed, with ideals so disparate among people, how to live with differences in the same space, home, city, state, country?
To speak of cities in a poetic way – inspired by the way Calvino does it – is a way of putting in perspective and of sensitizing to how much to live in society means exchange between complex individuals and full of subjectivities. The Invisible Cities calls the spectator to acts of reflection from their memories, in order to perceive the complexity of the “cities” that grow within each one.
Project carried out with the support of the Program of Support and Incentive to Culture – Cultural Foundation of Curitiba and the Municipality of Curitiba.
Incentive: Divesa and Banco do Brasil.
Support: Movimento Enxame – Espaço de Criação, Padaria América, Missê Mariá Comida e Arte, A Caiçara e Café do Teatro.
Inspired by the work of Italo Calvino
An initiative of Agora Collective in partnership with Hybrid Productions and Plateia Produções Artísticas.
Script and direction: Renato Sbardelotto | Performer-creators: Ana Ferreira, Fabiane de Cezaro, Flávia Imirene and Vivian Schmitz | Texts: Ana Ferreira, Fabiane de Cezaro, Flávia Imirene, Vivian Schmitz and Renato Sbardelotto | Exchange and godmotherhood: Lía Mariana Gómez Spatakis | Musical Direction and Vocal Preparation: Karla Izidro | Body Preparation: Renato Sbardelotto | Costume Designer: Ailime Huckembeck | Lighting: Lucas Mattana | Set Decoration: Renato Sbardelotto | Flags: Manu Assini | Makeup: Lilian Marchiori | Illustration and Graphic Design: Daniel Lourenço | Photos: Eli Firmeza | Communication and Press Office: Fernando de Proença | Production Management: Renato Sbardelotto | Executive Production: Michele Bittencourt | Production Assistant: Jhon Booz
(Click on the pictures to enlarge and see credits)
Comentários